Projeto Obelisco | Análise de variáveis selecionadas da fase 4

Estagiário: Daniel de Luna Marques, da Escola de Ciência Política da UNIRIO.

Supervisor: Lucia Helena Santos, do Instito de Planejamento do Rio de Janeiro.

Introdução

O presente relatório destina-se a realizar a estatística descritiva dos dados cedidos pelo projeto Obelisco ao Instituto Pereira Passos.

Inicialmente, convém destacar que algumas variáveis foram privilegidas na análise que se segue, sendo elas aquelas relativas a doenças como hipertensão, diabetes, infarto do miocárdio, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e asma. Embora mais de uma variável – ou, para interesses do questionário, mais de uma questão/pergunta – tenha contemplado as mesmas doenças, optou-se por selecionar aquelas que inquiriam ao respondente a seguinte pergunta: “Alguma vez um médico lhe informou que você teve ou tem…”.

Ademais, as respostas foram filtradas apenas para os valores de “Sim” e/ou “Sim, mas apenas durante a gravidez”. Apesar disso, deve-se destacar que os dados recebidios passaram por um rigoroso processo de limpeza pois, em função da abordagem de perguntas abertas – permissivas à livre resposta dos respondentes –, alguns valores acabaram por impactar negativamente na qualidade dos dados, caso este que se aplica, mais especificamente, à variável que inquiriu o respondente sobre sua raça ou cor.

Destarte, este relatório conterá três seções genéricas1: Introdução, Análise Descritiva e Conclusões.

Observação: o presente relatório fora desenvolvido para ser interativo em seus processamentos gráficos. Portanto, o mesmo só irá interagir com navegadores, seja em versão mobile (celular), seja em versões para computadores.

Geoprocessamento

Taxa de Prevalência

Taxa de Prevalência de Asma

Taxa de Prevalência de AVC

Taxa de Prevalência de Diabete

Taxa de Prevalência de Hipertensão

Taxa de Prevalência de Infarto

Porcentagem de casos

Porcentagem de Asma

Porcentagem de Avc

Porcentagem de Diabete

Porcentagem de Hipertensão

Porcentagem de Infarto

Taxa de Prevalência

A taxa de prevalência consiste em uma relação, de maneira tal que as ocorrências positivas sejam divididas pela população local investigada, de maneira a multiplicar este resultado pelo valor ao qual se deseja segmentar a análise. Por exemplo: ao analisar os dados positivos de Diabete Melito em determinado bairro de população igual a 1000 habitantes, encontrou-se 200 casos. Desta forma, suponto que se deseje investigar a taxa de prevalência para cada 100 habitantes, temos uma relação tal qual (200/1000)*100.

No entanto, deve-se levar em consideração que os dados cedidos tratam-se de uma amostra e não de uma investigação paramétrica ou populacional que permita ao estatístico levar em consideração a totalidade da população local. Para contornar tal efeito, optou-se por utilizar o total de respondentes para cada Região Administrativa.

Agora que o leitor já está informado sobre a natureza matemática da taxa, precedamos à análise dos dados propriamente ditos.

Diabete Asma

Diabete AVC

Diabete Melito

Hipertensão

Infarto do Miocárdio

No que tange à Asma,a mesma teve uma maior taxa de prevalência, respectivamente, entre as regiões administrativas (R.A.) de Guaratiba (prevalência de 22 para cada 100 respondentes), Ilha do Governdor (20 para cada 100), Vigario Geral (17 para cada 100).Portanto, a área de planejamento 5, 4 e 3, protagonizam como sendo aquelas detentores das regiões administrativas com maior taxa de prevalência para asma.

Relaivamente ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), as taxas de prevalência fora consideravelmente menores, uma vez que seu máximo fora de, no caso da R.A. Cidade de Deus, 10 para cada 100 respondentes; seguida pela R.A. de Santa Cruz (4.35 para cada 100 respondentes) e Bangu (3.37). A taxa de prevalência mínima encontrada localiza-se na R.A. do Meier.

Concernente à Diabete Melito, mais de 8 R.A.s tiveram suas taxas de prevalência entre 10 e cerca de 20, para cada 100 respondentes, cujas áreas de planejamento em destaque são 5, 4, 3 e 1.Destarte, São Cristóvão lidera em todo o cenário, com uma taxa de 24; a Já mencionada R.A. da Cidade de Deus,ocupou o segundo lugar com uma taxa de prevalência igual a 20; em terceiro, termos Bangu, com 19 de taxa de prevalência.

No que se refere à hipertensão, temos que a Área de Planejamento 1, na R.A. de Portuária, apresentou um fenômenos inéditos dentre toda a análise de taxa de prevalência: para cada 100 respondentes, 100 eram hipertensos (correspondente a 100%). Referente às taxas prevalência mais elevadas, temos que a Área de Planejamento 5, cuja R.A. de Realengo (56 para cada 100 respondentes) e de Santa Cruz (50 para cada 100 respondentes), ocupam, respectivamente, o segundo e teceiro lugar entre aquelas R.A.s que com maiores taxas de prevalência.

Por fim, sobre as taxas de prevalêncvia para Infarto do Miocárido, observa-se as menores taxas dentre todas aquelas analisadas anteriormente, de maneira tal que o caso com máximo de taxa de pravalência seja o da R.A. de Santa Tereza (Área de Planejamento 1), com taxa de 11 para cada 100 respondentes. A R.A. da Penha, da Área de Planejamento 3 (A.P.3), ocupa a segunda posição (6 para cada 100), sendo seguida por São Cristóvão (6 para cada 100), da A.P.1. Nota-se, portanto, que a Área de PLanejamento 1 concentrou as maiores taxas de prevalência para Infarto do Miocárdio, embora haja uma maior distribuição de taxas de prevalência entre as A.P.s 2, 3 e 5.

Frequências (absolutas e relativas)

Frequência Asma

Frequência AVC

Frequência Diabetes

Frequência Hipertensão

Frequência Infarto

Porcentagem Asma

Porcentagem AVC

Porcentagem Diabetes

Porcentagem Hipertensão

Porcentagem Infarto

Considerando as porcentagens obtidas na análise exploratória de dados realizadas sobre o conjunto de dados da fase 4 do Projeto, pode-ser observar que determinadas R.A.s aparecem com maior frequência, como é o caso de Vila Isabel, Méier, Madureira, Tijuca e Bangu. No entanto, para maior detalhadamento dessas informações, proceder-se-á à análise estrita dos percentuais para cada doença selecionada.

Principiando pela asma, temos que 15% dos respondentes são da R.A. do Méier, enquanto que 11.8% são de Vila Isabel e 10.9% são de Jacarepaguá. Continuadamente, as R.A.s de Madureira (7.86%), Tijuca (6.99%) e Botafogo (5.68%), juntas, somam 58.43% dos casos. Ao dedicarmos maior atenção às Áreas de Planejamenbto, temos que a A.P. 3 concentra 40.6% dos casos, enquanto que a A.P. 2 representa 29.27% dos casos. Por fim, as A.P.s 1 e 4 figuram, respectivamente, com 2.62% e 15.29%.

Relativamente ao AVC, as frequências relativas demonstraram que o Jacarepaguá (13.6%) E Bangu (13.6%) são R.A.s que concentram a maior parte dos casos. Além dessas, Vila Isabel, Madureira e Santa Cruz representam um percentual de 9.09% cada uma. Juntas, essas R.A.s constituem 54.47% dos casos. Deste modo, observando as A.P.s, temos que a área 1 é representativa de 3.69%; a área 2 conteve 18.19% dos casos; enquanto que a área 3 31.84%; A área 4 e 5 tiveram, respectivamente, 22.74% e 22.73%.

Sobre a Diabete Melito, a R.A do Méier demonstrou uma frequência relativa mais elevada, figurando como 14.3%, enquanto que Vila Isabel (12.7%) e Jacarepaguá (9.43%) a seguem com uma diferença de 1.6% e 4.87% cada uma. Ainda, pode-se destacar que a R.A. de Madureira e Bangu, constituem 14.35% (7.38% e 6.97%, respectivamente). Para tanto, a área 1 detém 4.1% dos casos; enquanto que a área 2 apresentou um percentual de 25.41; na R.A. 3, encontrou-se 39.35%; A área 4 e 5 tiveram, respectivamente, 14.76% e 16.4%.

No que diz respeito à hipertensão, a mesma não demonstrou valores dissemelhantes em suas maiores concentrações por R.A., uma vez que Meier tenha figurado como detentor de 13.5% dos casos de respondentes hipertensos, de maneira tal que Vila Isabel esteja bem próxima de seus números (13.3%). Logo, Madureira (9.52%), Jacarapaguá (8.94%), Tijuca (7.22%) e REALENGO (5.28%) são as R.A.s que, respectivamente, apresentaram maiores percentuais de hipertensão entre os respondentes. O Valor mínimno encontrado ficou para com a R.A. Portuária (0.344$), Santa Tereza (0.344%) e Centro (0.115%). Sobre as Áreas de Planejamento, a Área 1 teve 3.55% dos casos. Já a área 2 e 3, contabilizou-se um percentual de 26.71% e 41.06%, respectivamente. Por fim, temos as áreas 4 e 5, quesão características de 11.46% e 17.21% dos casos.

Finalmente, sobre os percentuais relativos ao Infarto do Miocárdio, Vila Isabel é a R.A. com maior ocorrência de casos (14.6%). Ocupando a segunda posição, Mier contém 10.4% dos casos observados de Infarto do Miocárdio. Ainda, Penh, Bangu e Realengo, cada uma delas detém 8.33% dos casos informados pelos respondentes. O valor mínimo observado está para Santa Cruz (com 2.08%).

Sobre as áreas de planejamento, a de número 1 detém 6.25% dos casos; enquanto que a área 2 apresentou um percentual de 25; na R.A. 3, encontrou-se 35.41%; A área 4 e 5 tiveram, respectivamente, 10.42% e 22.91%.

Raça

Diabete

Hipertensão

Infarto do Miocárdio

AVC

Asma

Diabete (%)

Hipertensão (%)

Infarto do Miocárdio (%)

AVC (%)

Asma (%)

Sobre a variação da raça/cor dos respondentes relativamente às doenças até aqui enfatizadas, temos que, para o caso de diabete, 40% dos respondentes são pessoas que se identificam como brancas, enquanto que 30.7% representa os respondentes de cor preta. Tem-se, ainda, os respondentes que se reconhecem como pardos, representando 18.9% dentre todos os respondentes que afirmaram ter sido diagnosticados com diabetes.

No que tange à hipertensão, 38% dos respondentes que afirmaram ser diagnosticados com essa condição clínica, se autodeclaravam brancos; enquanto que 34.6% é correspondente aos respondentes autodeclarados pretos. Ainda, pardos representam 16.9% daqueles que afirmaram ter sido diagnosticado com hipertensão. Indígenas (0.229%) e amarelos (0.115%) representam a parte ínfima da amostra analisada.

Gênero

Diabete

Hipertensão

Infarto do Miocárdio

AVC

Asma

Diabete (%)

Hipertensão (%)

Infarto do Miocárdio (%)

AVC (%)

Asma (%)

57% dos respondentes que afirmaram ser diabéticos são homens, enquanto que 42.6% são mulheres. Já no que concerne ao caso da hipertensão, os respondentes masculinos são mais frequentes (62.8%) ao afirmar tê-la; enquanto que 37.2% são mulheres.

Faixa Etária

Diabete

Hipertensão

Infarto do Miocárdio

AVC

Asma

Diabete (%)

Hipertensão (%)

Infarto do Miocárdio (%)

AVC (%)

Asma (%)

Sobre a doença de Diabete Melito, temos que os respondentes que estão na faixa de 50 a 59 anos de idade figuraram como a maioria (41.4%) dentre os demais respondentes que afirmaram ter a referida doença. O segundo e terceiro lugar ficaram para aqueles respondentes entre 60 a 69 anos (29.1%) e 40 a 49 anos (22.5%). Por fim, os indivíduos de 70 a 79 anos representam 4.51%, enquanto que aqueles mais jovens, de 30 a 39 anos, representam 2.46% dos casos positivos.

No que tange à hipertensão, a faixa dos respondentes de 50 a 59 anos continua como sendo aquela com maior frequência nos casos de hipertensão. Sobre o caso de 40 a 49 anos, os respondentes desta faixa representam 27.3%; enquanto que aqueles que detém 60 a 69 anos de idade, 23.1%. Por fim, os mais idosos (70 a 79 anos) figuraram como 4.93%, enquanto que os mais jovens (30 a 39 anos), 1.95%.


  1. Deve-se observar as subseções.↩︎